Tuesday, May 1, 2007

Diários de Malta VI - A Bomba e a Tranquilidade


Entre todas as igrejas de Malta há uma verdadeiramente especial que vale a pena visitar: Mochta! Esta cidade reúne como locais de interesse tão e somente a sua igreja, porém esta é singular na sua arquitectura e na sua história. Em primeiro Lugar é uma igreja cuja cúpula é uma das maiores da Europa em termos de diâmetro, na verdade pode-se praticamente dizer que a cúpula é a igreja, uma vez que a disposição desta é circular. Ou seja, não se está perante uma igreja convencional em que se entra e há um corredor e um altar principal, em Mochta existem vários altares e as pessoas são disposta em frente a estes. A cúpula é de uma dimensão que deslumbra pela obra arquitectónica e de engenharia civil que é. Não obstante, esta catedral é também especial pela sua história. Durante a II Guerra Mundial Malta foi muito bombardeada e a Igreja de Mochta foi atingida durante um destes bombardeamentos, pore´m soldados e população civil quando foram contabilizar os estragos puderam verificar que a bomba que tinha atingido a igreja não não chegou a explodir. A Catedral encontra-se restaurada, mas encontra-se ainda em exposição uma réplica da bomba, dado que a população de Mochta classificou este acontecimento como um milagre. Poderá até ter sido uma tremenda coincidência, uma falha técnica ou outra razão com fundamento científico a evitar que aquela bomba explodisse, mas a verdade é que quando estamos em Mochta e comparamos inevitavelmente a grandeza da igreja com a dimensão média dos edíficios da cidade, acreditando-se ou não em coisas desta natureza, compreende-se bem porque os cidadãos de Mochta atribuem a este acontecimento a categoria de milagre. A explosão da Bomba teria sido uma tragédia com a Igreja a atingir dezenas de casas e feito imensas vítimas com os seus estilhaços.

Para quem gosta de pequenas vilas pescatórias mediterrâneas, como eu, em Malta há que visitar Marsaxlokk. Esta é uma pequena vila de pescadores no sul da ilha conhecida pelo bonito contraste dos seus barcos coloridos no azul intenso do mar maltês. Eu diria mais este é o lugar perfeito para descansar do rebuliço dos sítios mais invadidos de turistas, de aproveitarmos o sol e ouvirmos o silêncio, levemente interrompido pelo balançar dos barcos ancorados. Enquanto os pescadores que não foram para o mar, devido à proximidade da páscoa, ocupavam o tempo a cozer as suas redes, dentro dos barcos ou junto ao paredão, eu de olhos fechado a apanhar sol, pensava, talvez do sol quente que me subia à cabeça, que um dia quando me reformar quero ter uma casa num sítio assim, cheio de paz e cheio de mar.

2 comments:

Anonymous said...

o que o povo quer é fotos das Maltesas e dos Malteses!!!

Rita said...

Lamento informar mas este povo, dado que não deve nada à beleza não teve direito nem a uma foto.
Mas já agora aproveito para informar que os malteses têm uma fraca relação com a higiene, o que a aliar à beleza, ou à falta dela, transforma-os no MEDO!
Unhas limpas é um mundo desconhecido sobretudo para os homens, lavar cabelo é mais no domigo de missa, enfim...um rol de coisas que transformam a grande maioria dos malteses num exemplo a não seguir em termops de estética.