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Saturday, May 3, 2008

Berliner Fernsehturm

Esta torre de tv construída em 1969, com 365m de altura, foi erguida durante a guerra fria como símbolo da supremacia tecnológica soviética.
Desenhada de forma a transmitir progresso, inovação e modernidade, continua a ser um dos edifícios mais modernos de Berlim, avista-se de muitas partes da cidade fazendo com que turistas inexperientes (como eu) caiam no erro de percorrer longas distâncias a pé "porque a torre já se vê ali ao fundo".
É um edifício absolutamente imponente, magnetizante para o olhar e deslumbrante. Subir aos 203m de altura num elevador tão rápido que faz estalar os ouvidos pode não ser a experiência mais económica ou agradável, contudo é a melhor vista de Berlim que se consegue ter em toda a cidade e compensa cada cêntimo.
Já que é impossível não ver mais de perto este incrível símbolo de Berlim a não perder nas redondezas estão a Alexander Platz (completamente em obras a recuperar o glamour de outras épocas com o relógio das horas do mundo a contar o tempo), a Câmara Municipal de Berlim (ou Rathaus) é um edifício imponente do séc. XIX que se demarca pela facto de ser toda tijolo vermelho, a fonte verde de Neptuno onde no Inverno os turistas podem ser turistas e tirar fotos dentro da própria fonte (porque fica vazia no Inverno) e a igreja protestante de Marienkirche que incomodava os soviéticos porque dada a sua proximidade com a Torre de Tv a sua cruz era reflectida no globo espelhado da torre.
Esta torre é o chamariz para uma das zonas mais encantadoras da cidade e a certeza de no seu topo ser possível avistar Berlim até este se cruzar com a linha do Horizonte.

Tuesday, March 11, 2008

Pop Question

Berlim é uma daquelas cidades cheias de arte mural, talvez uma das mais repletas e características.
Numa das muitas paredes pintadas este mural chamou-me a atenção, das várias vezes que subi a Oranienburger Strasse o meu olhar era atraído para lá a tentar compreendê-lo, a perceber se gostava ou não,... tive mais que uma oportunidade para tirar uma óptima foto, mas resisti sempre até ao último dia, a noite apressava-se a chegar a Berlim e o melhor que consegui foi uma fotografia desfocada. Descobri a razão de tanta resistência, a pergunta incomodava-me, a apatia das cores e do rosto retratado também, eram demasiado familiares. A mesma impaciência transmitida pelo mural atravessa muitas vezes o meu pensamento, como um alerta, um neon a piscar. Decidi guardá-lo como reminder.

Saturday, March 1, 2008

Mercado Turco


Para mim os melhores sabores e cores de Berlim não estão no aroma e aspecto da gastronomia alemã, mas precisamente no que mais internacional a cidade tem para oferecer, nomeadamente tudo o que seja turco. A influência da maior comunidade estrangeira em Berlim faz-se sentir em cada esquina com quiosques de kebabs a despertarem a curiosidade até dos mais cépticos, mas quem quiser fazer uma incursão mais profunda neste submundo deve visitar o mercado turco.
Atravessando a cidade chega-se a kreuzberg, onde de terça a sexta feira se pode comprar um pouco de tudo: os vegetais mais frescos, roupa, tecidos, acessórios, frutos secos, conservas, carne, peixe, pão, especiarias ...
Os sentidos ficam despertos: o turco falado entre clientes e feirantes torna-se melodia imperceptível para os ouvidos, os olhos ficam extasiados com a diversidade e extravagância das cores das frutas e vegetais, o olfacto descobre em cada banca um aroma diferente, novo e curioso e os dedos e o paladar tentam reconhecer na textura e no sabor de alimentos jamais vistos semelhanças com algo conhecido.
Uma oportunidade de visitar através dos sentidos a Turquia, dentro fronteiras alemãs.



Thursday, February 28, 2008

A Cúpula Encantada

Desenhada por Norman Foster para devolver a Berlim o estatuto de capital política da Alemanha a cúpula do Parlamento Alemão ergue-se como uma dos maiores atracções da cidade. É completamente grátis e vale a pena cada largo minuto ao frio que se está à espera para entrar. É uma estrutura em aço, vidro e espelho que proporciona aos visitantes uma das melhores vistas da cidade, bem como a possibilidade de sentir-se envolvido numa das mais espectaculares obras de arquitectura moderna, sendo dificil julgar como mais bela a paisagem exterior ou o jogo de efeitos criado por Norman Foster. Há um encanto que se desconfia existir na transparência do vidro desta cúpula, no brilho do aço que a sustém e nas imagens do espelhos que a reflectem, que me fizeram quase a cada passo, no caminho circular até ao topo, tirar uma foto... tac... aproveitar um ângulo...tac...apanhar um pormenor.... tac.... não deixar escapar esta luz... tac... mostrar este efeito...tac...
No roteiro pela arquitectura moderna que Berlim se consegue tornar, o Parlamento alemão é mais um edificio a não perder.

Wednesday, February 27, 2008

Pérolas de Saber (14)

" Uma acção praticada por dever tem o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina. "

Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes


Por vezes reler Kant no seu racionalismo/idealismo sente-se como uma brisa de esperança.

Friday, February 22, 2008

O Muro


"it's better a wall than a war" este foi o pensamento que determinou a aceitação da construção do muro de Berlim pelos aliados. Construído em 1961 pelas forças militares da URSS que controlava Berlim Oriental, o muro de Berlim tornou-se o estigma de uma cidade e o símbolo da guerra fria. Devido às características do regime soviético, as condições de vida e dificuldades começaram-se a intensificar do lado leste e a fuga da população para o lado ocidental depressa começou a assumir proporções que obrigaram a RDA a implementar 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação e127 redes metálicas electrificadas com alarme.

Enquanto no lado leste a zona junto ao muro estava toda militarizada, do lado ocidental era um normal local de passagem que facilmente foi tomado como mural de descontentamento. Os pedaços de muro que ainda podemos encontrar na cidade são o melhor reflexo disso, estão cheios de cor e arte nas formas mais simples e complexas. O muro continua presente na cidade através destes metros de memória, mas também na linha que marca no alcatrão os contornos e curvas desta divisória entre os dois lados da cidade, nos memoriais que existem às pessoas que morreram a tentar passá-lo, nas constantes obras que o lado leste da cidade ainda está sujeito para atenuar as diferenças com o lado ocidental da cidade, nos checkpoints...
O muro de berlim caiu em 1991, as inúmeras gruas que ainda se vêem pela cidade até podiam dar a entender que a cidade está a tentar esquecer o seu passado, porém há algo que é absolutamente incontornável até para o visitante de ocasião de berlim: não há como esquecer o muro. A verdade é que a cidade sente-se ainda no enorme dilema que é tentar recuperar de 30 anos de divisão, atenuar as amarcas físicas resultantes desse período e criar uma nova e unificada identidade. Torna-se incrível pensar que esta foi a cidade que ainda há tão pouco tempo teve a rasgá-la aquele que foi "o" muro e "o" mural.

Tuesday, February 12, 2008

A Prússia de Charlote

Quem estiver interessado em ter uma amostra do que foi a Prússia ou simplesmente conhecer uma Berlim de contos de princesas e príncipes encantados, só precisa de ir ao distrito de Charlloten Burg, lá encontrará o Schloss Charlottenburg, um palácio estilo barroco italiano edificado em1695 para Sophie Charllotte, esposa de Frederico III. O Palácio é de tal forma grandioso que Sophie nem chegou a vê-lo completo antes de morrer. Como Berlim chegou a ser a capital da Prússia, depois de coroados Sophie e Frederico tornaram esta a sua residência de Verão, portanto gente de ideias modestas.

Até à união da Prússia no Império Alemão, o Palácio passou por várias remodelações e ampliações, porém nenhuma reestruturação seria tão profunda como aquela que o Palácio sofreu depois da II Guerra Mundial. Grande parte do fausto e ostentação das suas salas foi perdido para sempre, ainda assim ao visitar o palácio é impossível não reparar no notável trabalho de restauro e reconstrução que foi sujeito.
Quem não quiser pagar para ver o palácio por dentro (se bem que vale a pensa compensar os dois quilómetros que se fazem da estação de metro ao palácio) pode sempre aproveitar os Jardins que são públicos e valem a pena sobretudo em dias solarengos.


Se eu mandasse na Fundação dos Palácios e Jardins Prússios de Berlim-Brandenburgo, que está encarregue deste palácio:

- criava uma estação de metro mais perto do palácio;
- abria uma passagem entre a parte da frente do palácio e os Jardins (ninguém merece ter que contornar o palácio, depois de já ter andado meia hora para lá chegar e uma hora nos corredores do palácio);
- colocava um serviço de aluguer de barcos a remos para o lago.

Monday, February 11, 2008

Potsdamer Platz

Uma das maiores provas da capacidade de auto-regeneração de Berlim talvez seja Potsdamer Platz. Nos anos 20 esta era a praça mais movimentada da Europa com os primeiros semáforos automáticos do mundo, após a II Guerra Mundial além de destruída, ficou completamente lançada ao abandono, o Muro de Berlim atravessava-a ao meio tornando-a terra de ninguém, só após a queda deste esta praça conseguiu recuperar a importância doutros tempos.
A Potsdamer Platz actual recuperou o lugar de destaque na cidade de Berlim, graças a 17 anos de construção acompanhados de um investimento de 17 mil milhões de euros.

Grande parte deste sucesso deve-se ao facto dos edíficios que hoje em dia fazem parte desta praça serem da autoria de arquitectos de renome, que tornaram esta uma das praças mais modernas da Europa. Deste conjunto de edíficios o mais emblemático é sem dúvida o Sony Center, da autoria de Helmut Jahn, que é, simultaneamente, a sede europeia da Sony e centro de restaurantes e cinemas. A cúpula deste edíficio é uma obra de engenharia dificil de descrever e audaz, mas absolutamente espectacular.

Dar de caras com Potsdamer Platz é ter a percepção clara que se está a ter um encontro com o futuro, o que nos rodeia está mais próximo deste tempo que do presente, está mais perto do que as cidades serão um dia.

um dos edífcios de Potsdamer Platz


Cúpula do Sony Center

Sunday, February 10, 2008

Supernova

Berlim ergue-se nas suas ruas, edíficios e monumentos com a mesma espectacularidade de uma Supernova acabada de explodir. A cidade vai progressivamente em cada recanto, zona e quarteirão eclodindo algo de novo e moderno. Berlim transpira novidade, vanguarda e futuro.
Embora seja uma das capitais do velho continente, é, sem qualquer dúvida, uma das cidades do futuro do mundo.
Não acarrete qualquer esperança quem for a Berlim à procura da Alemanha Prussiana ou de qualquer outro momento anterior ao início do séc. XX, se procurar bem na melhor das hipóteses só encontrará resquícios, a cidade que existe hoje tem cerca de 70 anos e é uma das cidades mais recentes da Europa Ocidental. Os edíficios mais antigos, que ao caminharem por Berlim, encontrarão remontam, no máximo, ao ínicio do século passado foram, muito provavelmente, objecto da mais delicada reconstrução. Berlim foi, devido à II Guerra Mundial, uma cidade reconstruída quase de raíz e como consequência da Guerra Fria uma cidade ainda em construção, se no pós guerra se reconstruiu para devolver a cidade à vida, passados quase 20 anos sobre o derrube do Muro de Berlim constrói-se muito, ainda, para atenuar as diferenças do lado leste da cidade para o lado ocidental.
A minha perspectiva geral de Berlim é que a cidade é tão notoriamente "nova" que quase sente-se aquele cheiro a fresco nas ruas. Se por um lado sentimos na pele o frenesim de uma cidade ainda em mutação, por acabar e em mudança, por outro lado é ainda díficil abstrairmo-nos dos factos e razões que motivaram e justificam a Berlim que existe hoje. Não está à vista, mas sente-se a presença do que foi e as consequências do Nacional Socialismo e da Guerra Fria na cidade.
Talvez não seja a mais alegre das cidades, mas é sem dúvida uma das cidades mais surpreendentes para se visitar, sobre um chão que tem as marcas da mais dura história, Berlim vai construindo, através dos seus edíficios, monumentos e praças, uma nova identidade plena de vanguarda e optimismo.












Friday, February 1, 2008

Eu vou, eu vou...


...não sei se estou mais satisfeita por ir "carnavalar" para Berlim ou se por ter férias, anyway sabe bem escapar!