Rocky Balboa

Confesso que não via os filmes do Rocky assim de espontânea vontade, mas via porque o meu primo via e, como ele é mais velho, ele mandava e se ele via era porque era fixe e eu também queria ser um bocadinho fixe. (à conta disso também vi o MacGyver, o Esquadrão Classe A, o KIT, etc)

Juntando este revivalismo a um certo fascínio misterioso pelo Boxe (não sei explicar porquê, mas quando apanho um combate na eurosport paro ali uns 10 minutos) fui ver o novo filme do Rocky e gostei. Se calhar foi saudosismo daquele sotaque italiano, aquele ar meio ingénuo meio bruto, o Paulie (adoro o Paulie! É o maior!), todo aquele frenesim do treino e dos combates... Acho que deve ser porque o Rocky é um herói especial, já não se fazem assim sequelas infinitas de bons rebeldes que a única magia que têm é a força dos punhos e que a única coisa boa que fazem é dar porrada nos outros. O Rocky é um herói assim tão carismático para mim que, neses tempos idos da infância, cheguei mesmo a pensar que o Rocky Balboa tinha existido.

Quanto ao Sylvester Stallone, está mesmo velho, mas continua um Touro, aquilo é com cada braço que até dá medo! No fim do filme discutia-se se aquela cara inexpressiva era de já ter servido tanto de saco de pancada ou de botox a mais (cá para mim aquilo é botox mal aplicado, mas quem tiver informções ou pareceres que queira partilhar por favor faça-o).

Gostei: do cartaz, do Rocky ter voltado a encontrar o amor, do ar idealista que mantém, do cão novo dele e dos primos terem voltado a reunir-se para ver o Rocky. Não Gostei: do actor que faz de filho do Rocky, é um autêntico erro de casting e de não aparecer ( NEM UMA VEZ!!!) a música antiga, é uma falha tremenda.

Este não é um filme brilhante, mas é sem dúvida um regresso inesperado, realista, merecido, na altura certa e com muito do fascínio dos tempos antigos.