Este mural que parece para muitos tão e somente uma obra de arte, um espaço dado a um artista para se exprimir, para mim consegue ser mais do que isso. Quando o descobri num dos primeiros dias em Pisa fiquei surpreendida de ter encontrado nesta pequena cidade da toscânia, que tinha escolhido para viver, um mural de um dos artistas que mais gosto da pop art: Keith haring. Mais de que uma coincidência, esta descoberta fez-se sentir como um sinal que, mais uma vez, confirmava a minha convicção: ali eu ía ser feliz.
Acabei, por acaso, por ir morar para perto deste mural e durante todo o tempo que estive em pisa, todos os dias em que passei por lá, raras vezes esqueci-me de lhe lançar um olhar. Por vezes olhava só para me certificar que era mesmo verdade a 25 metros de mim estava um mural do keith haring, outras olhava só para confirmar a minha teoria de naquele largo em frente só parava gente duvidosa que eu gostava de achar que tinha alguma coisa a ver com o teor do mural, facilmente se tornou num hábito imperceptível da minha rotina: no regresso a casa olhar para o mural do Keith haring.
Este pequeno hábito do meu quotidiano tornou o mural para mim como uma presença, uma testemunha da minha vida lá, das madrugadas em que nos "arrastávamos " até casa, dos dias tensos em que o encarava de cara fechada, das alegres idas ao PAM, da saída do corso italia, da sensação reconfortante de proximidade de casa,...
É algo dificil de explicar, mas muito mais que uma parede pintada, uma obra de arte, um mural...
2 comments:
Rita, por segundos voltei a Pisa e recordei as mini férias em itália.
O mural é fantastico, mas tambem recordo com saudade akeles gelados deliciosos de pinhão e a ida ao PAM.
Pisa é uma surpresa!!
bjinhos
Rute
=)*chuak
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