Confrontada com gente que parte, que vai partir e que quer partir, eu pergunto-me porque fico? Por que não vou atrás deste ímpeto que me quer levar para longe e porque, ao mesmo tempo, respeito esta vontade de ficar? Porque fico quando eu sei que a felicidade mora lá fora e porque é que não tento com medo de perder algo que ainda não é meu? Há uma certa inveja ao ver a gente a partir e um certo desgosto também. Talvez seja da idade jovem haver esta sensação de que a altura ideal para partir é agora, talvez seja da idade cada vez mais madura este pressentimento que neste momento o melhor é ficar.
A dúvida irrompe sempre quando alguém está de malas aviadas para uma jornada, quando a memória da mais díficil partida se encontra cada vez mais apagada.
Há uma vontade de lançar as cartas para o ar e deixar a sorte fazer cair na mesa as cartas que dão um bom jogo e, simultaneamente, há a vontade de guardar os melhores trunfos, aguardar o momento certo de jogá-los para tornar a vitória mais segura.
Por muito que a vontade seja contrária, quando os tempos que se avizinham não são de partir, o melhor é ficar.
4 comments:
quase chorei... muito bonito... mas essa vontade de partir é algo sobre que ainda nao falamos... bjs
é a mesma vontade de sempre, está cá! De vez em quando faz-se sentir com mais força, como neste fim de semana!achei interessante escrever sobre isso.
Ainda bem que gostaste! ;)
ai rita... (suspiros suspiros)
preciso dizer alguma coisa? (mm estando aqui na mha casinha e tu na tua, n estando a olhar pra ti nem a falar ctg no msn...)
acho q sabes...
sei, de um saber triste e feliz por esse tempo.
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