A bientôt!

Achei que o fim das minhas aulas de francês, que duraram desde Novembro até ao príncipio de Julho mereciam uma espécie de referência. Afinal, foram quase todas as quartas e sextas feiras das 19h às 21h dedicadas à aprendizagem de uma língua e de uma cultura. Assim, em homenagem aos constantes atrasos, às conversas e exercícios, das aulas que boicotámos com os assuntos mais diversos, mas sempre na tentativa mais bem sucedida (ou não) de aprendermos algum francês, achei que La Valse a Mille Temps faria justiça à boa disposição que foram a maior constante das nossas aulas. Escolhi esta canção porque era-me familiar e pela surpresa de ser do Jacques Brel, porque é alucinante e porque parece que inevitavelmente nos transporta para um carrosel antigo num bairro parisiense. Gosto do Jacques Brel, de uma forma que é mais encantamento que adoração e está relacionado com esta época em que os cantores não precisavam de ser bonitos, elegantes e bons bailarinos, só precisavam de saber e de gostar de cantar. Primeiro vinha a canção e depois o cantor. O Jacques Brel é um desses cantores, que a acrescentar era também o compositor das suas canções, talvez por isso se sinta nestas músicas a presença de uma magia qualquer que prende o ouvido, como quando se ouve pela sua voz e interpretação do Ne me quitte pas.