Na estação de metro da praça de espanha, onde saio da carruagem com passo apressado no caminho que me devolve ao calor de casa, há um homem que encontro todos os dias sentado no mesmo banco, de braços cruzados, a fazer de encosto para o sono sempre o mesmo outdoor. Sempre que passo por ele questiono-me porque será que está ali sempre e àquela hora. Será que espera por alguém que demora a chegar? Será que é a bebedeira que não teve tempo de chegar a casa? Será que aquele é o único momento de sossego que consegue apreciar? Será que faz tempo para chegar a casa? Será um louco? Será um sem-abrigo? Será um sonhador? Será um teste para nos fazer pensar? Será de propósito ou será algo que acontece insconscientemente?
Ao olhar para ele há uma certeza que se abate de que é algo triste que motiva a presença deste homem, todos os dias, na mesma estação de metro pela mesma hora, não incomoda ninguém nem ninguém se mete com ele. A passividade é mútua e a dúvida é constante: qual é a história deste homem?
Eu gosto da versão de que ele está à espera de alguém que costumava sair naquela estação àquela hora ou que combinou com ele, mas que nunca vai chegar. Enquanto espera, adormece. Enquanto dorme, sonha com um reencontro, regado a abraços e beijos, que nunca vai acontecer.
É díficil passar pelo homem da estação de metro da praça de espanha, como eu o chamo, e ficar indiferente, por isso lanço um desafio: para vocês qual é a história deste homem?
2 comments:
Eu acho que ele na realidade nunca sai dali!
Mas isso é só a minha teoria...
ahahahha pois é!!! também pode ser isso! =)
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