New Year's Resolutions

Sonhos, desejos, vontades, desafios, iniciativas,... inspirações para 2008. Feliz Ano Novo!

Balanço

Talvez seja por mais um ano ter passado, por gostar deste filme, por hoje ter tido um dia diferente, por ter colocado tantos pontos de interrogação nas minhas frases ou ter ansiado demais por respostas, ... talvez por isso me tenha lembrado desta cena, este diálogo tenha feito especial sentido e as palavras dado conforto.

Feliz Natal

Há coisas que para mim fazem o Natal, pequenos rituais que têm de ser feitos a cada ano que passa. No Natal gosto:
do cheiro a filhozes quando entro em casa, de ir ver as iluminações à baixa, de ver filmes que já vi mil vezes como o love actually, de ouvir o white christmas pela voz do Frank Sinatra, gosto de ver a minha árvore cheia de prendas e a minha janela com luzes, gosto de escrever postais de natal, gosto das montras enfeitadas, gosto da minha família reunida,...gosto de tudo no Natal!

És Muito

A beleza é renascentista, o sorriso parece de seda feito. O "jeito" é inesquecível como o da Rita do Chico, a candura é inata e singular. Não há adjectivos suficientes para o que és, sinto as palavras a não atingirem o máximo do seu significado e só consigo dizer que és muito. És muito especial, és muito querida, és muito criativa, és muito activa, tens muita magia, .. vês? ainda assim não soa bem... és muito individualmente, és muito para quem te rodeia, és muito no que fazes e do muito que podia dizer só há a certeza muito firme que serás muito mais com 23 anos. PARABÉNS!

Lista de Natal

1 Ano

Quase que nem dá para acreditar, mas já passou um ano desde que cedi à tentação de criar um blog. Ao longo dos 187 posts publicados, o Liberdade Mural tem-se revelado uma experiência surpreendente. Mais intimista que íntimo, mais mural que moral, mais pasquim que jornal, o Liberdade Mural assumiu, durante estes 12 meses, um lugar de destaque na minha rotina e um lugarzinho na blogosfera, graças às cerca de 10500 visitas que foram entretanto feitas.

Porque um blog pode sempre existir por si e para si próprio, mas porque são os visitantes que lhe dão "brilho" e uma relevância especial, decidi presenteá-los em jeito de comemoração e agradecimento. Assim, os três primeiros visitantes a comentar este post receberão uma pequena lembrança feita por mim (recordem-se só de me enviar, via email, a vossa morada).

Obrigada pelas visitas, pelos comentários deixados no blog e pelo ânimo transmitido e espero que este continue a ser um lugar obrigatório de passagem nas vossas incursões pela blogosfera.

Academia Fechada

O meu primeiro filme "a sério" em cinema foi visto lá, começaram por lá as minhas primeiras saídas à noite, a sala era enorme e parecia fantástica, a fila L sempre a mais disputada por ter os melhores lugares e o intervalo era sempre motivo para ir comprar pipocas. Não me lembro do meu último filme lá, mas agora que a Academia fechou sinto-me culpada por não ter resistido com mais veemência às salas de cinema descaracterizadas e massificadas dos grandes centros comerciais, com mais sessões e mais filmes disponíveis. Sinto-me responsável por ter preterido a Academia tantas vezes e como isso também contribuiu para o encerramento da sala de cinema de almada por excelência. Fico triste quando uma cidade perde um marco assim, deixa-me revoltada esta cultura de centros comerciais que nos absorve e faz-nos arruinar a cidade em que vivemos e transforma-a numa memória.

Referência de Catálogo

É nos catálogos que as marcas destacam todos os seus produtos de referência, eu não consigo deixar de fazer referência a este catálogo e não considerá-lo uma referência nesta esfera.

Muitas vezes as boas medidas contra o estereótipo da imagem extremamente magra, não passam só por tomar a atitude discreta de fazer tamanhos maiores, mas em assumir isso na imagem que uma marca quer transparecer para o seu público. Refiro-me à MANGO que colocou, nesta estação, num dos seus catálogos uma produção fotográfica com uma modelo voluptuosa, ao fazê-lo esta marca está a demarcar-se de todas as acusações que possam haver sobre a moda fomentar a magreza extrema, bem como adopta uma posição comercial forte e inovadora, declarando a versatilidade das suas roupas para as mulheres com fisionomias diferentes de uma modelo.

Aqui ficam algumas das amostras desta ideia da mango, que provam que um catálogo com modelos não convencionais também dá uma enorme vontade de ir às compras.

Tic Tac

Este fim de semana quando estava num jardim com uma amiga e víamos a gente a passar, comentávamos as crianças que passeavam no jardim: as que nos faziam lembrar as nossas brincadeiras, as mais irritantes que nos mostravam que a paciência é uma das maiores virtudes num pai, as mais astutas que nos divertiam com as suas respostas e perguntas e as crianças que despertavam o nosso relógio biológico. Esse tema insólitoe pouco vulgar acabou por nos "roubar" um bom bocado e fez com que me desse conta que o meu fascínio com o ruca, não é falta de desenhos animados na infância, mas o meu relógio biológico a dar horas. Estranho.

Pérolas de Saber (12)

" A Negação é um Oceano! "

Eu podia ter colocado qualquer frase mais de acordo com a quadra que passamos, mas a minha adição pela série Anatomia de Grey mais tarde ou mais cedo ía trespassar para o blog, por isso aqui fica a pérola deste mês em jeito de alerta e verdade absoluta que é preciso não esquecer....

Tom Maior

Há uns anos escrevi isto com convicção, depois de quinta feira reli-o com a certeza. Na "espécie de início oficial de carreira" que foi o último concerto ... the best of luck!

Não tenho o dom da escrita como tu tens o dom da guitarra, não consigo fazer das palavras cascata de poema como tu fazes das notas de música chuva de brilho. O meu desenho quase abstracto das letras não alcança a beleza da dança dos teus dedos a deslizarem pelas cordas da guitarra. Nem que fosse capaz de escrever a mais magnífica poesia, esta conseguiria descrever o ar extasiado e concentrado com que tocas e prendes quem ouve o teu talento. Não sei se é de mim, mas tu és tom maior na minha escala.

Compras na Estrela

Esqueçam as meias e os chocolates e descubram presentes verdadeiramente originais na próxima feira da crafts e design no jardim da estrela. O jardim é lindíssimo, vai estar embuído de muito espírito criativo é com muito talento por metro quadrado, como é o caso da minha cara aramar.

Bad Sex vs Good Days at work

Este fim de semana num bar vimos esta frase e a verdade é que nos deixou a pensar. Não foram as cervejas o motivo de tanta introspecção, mas sim a generalidade das respostas que originou, por isso decidi trazer o debate para o blog e fazer uma mini sondagem. As possíveis respostas aqui apresentadas foram algumas das apresentadas nessa noite, porém se não se identificarem com nenhuma delas, deixem aqui o vosso ponto de vista.

We have a winner!

Ladys and gents, we have a winner!

É verdade, no sábado à tarde ultrapassámos as 10000 visitas e já temos vencedor! Como qualquer concurso este também foi bastante surpreendente. Em primeiro lugar pela rapidez com que foi possível alcançar as 10000 visitas, em cerca de dia e meio o blog teve cerca de 400 visitas!!! Em segundo lugar, por o feliz contemplado (adoro esta expressão) ser uma pessoa que não imaginava que visitasse o meu blog!

Dado o sucesso desta iniciativa já se prevêem outras deste género , por isso estejam atentos.

Normalmente são os vencedores que fazem agradecimentos, mas quebrando a regra fica o muito obrigada a todos os visitantes e ao mário, que tão brilhantemente aceitou fazer o design da imagem do concurso.

Visitante 10000

É verdade, a meta dos 10000 visitantes aproxima-se e para celebrar as 10000 visitas a este pasquim, visando honrar os amigos e anónimos que vão passeando pelo meu blog e que permitiram alcançar este número em menos de uma ano de existência, decidi premiar aquele que for o meu 10000º visitante. Para isto, a cada visita, só terão que consultar o website counter que se encontra no fundo da página e se forem a 10000ª visita enviarem-me um mail com o printscreen e a vossa morada. O prémio ainda não está definido, mas aceitam-se ideias! =D

*BOA SORTE!

Infinitos

Gosto do lado irónico deste anúncio que nos faz acreditar que este banco não se preocupa com números, mas gosto ainda mais e sobretudo da ideia que lhe dá origem. Pela vontade imediata de responder infinitos, pela verdade retórica das perguntas, porque a vida não se mede por números,...gosto de anúncios assim que nos fazem pensar nas coisas importantes, que nos "devolvem à terra", que relativizam o pouco relevante, que, sem serem sentimentalistas, apelam à nossa sensibilidade, que nos fazem querer estar perto das pessoas que importam.

Ideias assim são boas e eficazes, por momentos pensei "deve ser bom ser cliente do banif".

Gosto destas perguntas:

Qual o spread do amor?

Quanto custa a amizade?

Quanto vale o futuro?

Quanto rendem as saudades?

Mais que um mural...

Este mural que parece para muitos tão e somente uma obra de arte, um espaço dado a um artista para se exprimir, para mim consegue ser mais do que isso. Quando o descobri num dos primeiros dias em Pisa fiquei surpreendida de ter encontrado nesta pequena cidade da toscânia, que tinha escolhido para viver, um mural de um dos artistas que mais gosto da pop art: Keith haring. Mais de que uma coincidência, esta descoberta fez-se sentir como um sinal que, mais uma vez, confirmava a minha convicção: ali eu ía ser feliz.

Acabei, por acaso, por ir morar para perto deste mural e durante todo o tempo que estive em pisa, todos os dias em que passei por lá, raras vezes esqueci-me de lhe lançar um olhar. Por vezes olhava só para me certificar que era mesmo verdade a 25 metros de mim estava um mural do keith haring, outras olhava só para confirmar a minha teoria de naquele largo em frente só parava gente duvidosa que eu gostava de achar que tinha alguma coisa a ver com o teor do mural, facilmente se tornou num hábito imperceptível da minha rotina: no regresso a casa olhar para o mural do Keith haring.

Este pequeno hábito do meu quotidiano tornou o mural para mim como uma presença, uma testemunha da minha vida lá, das madrugadas em que nos "arrastávamos " até casa, dos dias tensos em que o encarava de cara fechada, das alegres idas ao PAM, da saída do corso italia, da sensação reconfortante de proximidade de casa,...

É algo dificil de explicar, mas muito mais que uma parede pintada, uma obra de arte, um mural...

American Gangster

O Denzel Washington é daqueles actores que nem a fazer papel de vilão consegue tornar-se odiável, as suas personagens transparecem sempre uma enorme humanidade, o que torna este seu gangster americano mais um sucesso para juntar à lista. Esta história de polícia e ladrão baseada em factos verídicos, nomeadamente no primeiro grande traficante de droga de origem afro-americana, tem como cenários a guerra do vietname e a eclosão das drogas nos EUA numa película cheia de intriga e ritmo.

Russel Crowe no papel de polícia bom incorruptível acaba por não conseguir brilhar tanto, ainda assim este parece um bom regresso ao tipo de papéis que estamos habituados a vê-lo protagonizar.

Um filme que permite perceber que a guerra é capaz dos mais insondáveis efeitos colaterais, que a fonte de riqueza e negócio que pode ser para alguns só resulta de fazer de, ambos os lados, muitas vítimas.

Big Girl You are Beautiful

Ainda no âmbito do meu manifesto, mas num tom mais ligeiro, eis um videoclip que foge à regra, coloca modelos diferentes do habitual e, ainda assim fantásticas. Mesmo que a letra não seja grande coisa a mensagem principal está lá: "Big Girl you are Beautiful!!!"

Maratona de Cinema

Les Chansons d'Amour

Não é musical, mas é um filme cheio de música, cheio de canções que fazem as histórias de amor entre 4 amantes. Os actores são afinados, bonitos e cheios de talento, as melodias irresístiveis e a história quotidiana, complexa e intensa.Um filme pleno de ritmo, boa disposição, drama q.b., surpreendentemente diferente e absolutamente irresístivel.

+ a beleza da chiara mastroianni e o ar francês de louis garrel, a realização de Cristophe Honoré e a produção de Paulo branco.

- o imberbe do gregoire leprince ringuet.

Knocked Up
Ou Um Azar do Caraças é um daqueles filmes cujo título não auspicia nada de bom, contudo a película consegue facilmente superar a fraca expectativa transmitida na primeira impressão. Talvez se deva à realização de Judd Apatow ou a inesperada química entre a dupla de protagonistas, Katherine Heigl e Seth Rogen, mas o resultado acaba por ser fazer de uma gravidez inesperada uma comédia divertida, equilibrada e bem disposta.

Odette Toulemounde

Não me ocorre palavra mais adequada para descrever este filme do que: magia! Magia na realização de Eric Emmanuel Schmitt, na interpretação de Catherine Frot, na história e em cada centímetro de película. Odette é uma vendedora de loja que conseguiu sobreviver ao desgosto da viúvez, às dificuldades de criar dois filhos sozinha e à sua vida cinzenta graças aos livro de um escritor, que levam a sua imaginação a fazer do seu quotidiano uma verdadeira lição de felicidade. Um dia Odette ganha coragem e escreve uma carta a Baltazar, o escritor, este descobre a sua maior fã num momento frágil da sua vida e decidi ir viver para a sua casa. A partir desse momento, a vida de odette nunca mais voltará a ser a mesma. Inspirador, cómico, emocionante, mágico,... a não perder!

Blind Dating

Um dos piores filmes que vi nos últimos tempos. Para além do trocadilho óbvio entre o lugar comum de blind date e o facto de a personagem ser de facto cega e decidir começar uma maratona de encontros, a história ser demasiado irrealista e estar cheio de piadas fáceis, o filme só tem mesmo de bom o Eddie Kaye Thomas.

No!

Este outdoor da autoria de Oliviero Toscani colocado aquando da semana da moda de milão contra a anorexia, veio de novo lançar a polémica sobre a relação desta doença com o mundo da moda. Tão dura quanto corajosa esta iniciativa mostra que não há moda que mereça este sacríficio e não há nada de belo num corpo de 32 kg.

"Eu não sou um cabide!"

Decidi criar um novo cavalo de batalha para o meu blog: a imposição pelo mundo da moda do estereótipo da magreza extrema e como isso potencia a anorexia.

Assim dito mais parece título de tese de mestrado, mas chegámos a um ponto em que não há forma fácil de o dizer porque o problema é complexo e existe, embora tantos o neguem. Oponho-me a esta realidade pelo horror que esta doença pode ser, como transforma para sempre as pessoas que a sofrem, pelo facto de poder ser mortal e porque a Moda enquanto indústria tal como é agora, é sem dúvida responsável pela difusão da anorexia. Com isto não quero dizer que a moda é culpada por todos os casos de anorexia existentes, mas é impossível não julgá-la como parte do problema. Entendo Moda e Anorexia como duas esferas completamente diferentes, mas que se encontraram no momento em que esta indústria começou a tomar o conceito da " magreza extrema" como lema da derradeira beleza, levando-o ao fanatismo.

Nas passerelles, nas lojas, nas roupas e na publicidade é a mensagem da magreza extrema que é passada a todos como a imagem a ter. Embora estilistas, bookers e modelos neguem, a anorexia existe dentro do mundo da moda e a sua grande montra são as passerelles, onde modelos com corpos cadavéricos desfilam, revelando formas ou a falta delas absolutamente impraticáveis para pessoas saudáveis. Não culpo as modelos, mas a indústria da Moda mais tarde ou mais cedo tem de assumir o mea culpa pela pressão que lhes impõe de serem mais magras, para estas poderem desfilar e trabalhar no meio. Esta pressão aplicada a raparigas entre os 14 e 23 anos facilmente surte efeito e, isso vê-se claramente nas semanas de moda das capitais de moda europeias, já para não referir os casos de mortes de modelos decorrentes de anorexia. É impossível, como tantos alegam, todas aquelas modelos serem "naturally skinny", quando já se encontram muito longe do considerado "natural".

Por isso, são de louvar exemplos como os da Passerelle Cibelles em Madrid, que só começou a admitir modelos com índices de massa corporal (IMC) superiores a 18, que é o valor indicado pela Organização Mundial de Saúde como limite mínimo para uma pessoa ser considerada saudável. Esta medida reconheceu o problema e demonstrou-o na prática quando se vê um desfile ocorrido em Madrid e logo de seguida um desfile numa outra grande capital da moda, as modelos na passerelle espanhola não só parecem mais bonitas, como a roupa também ganha mais beleza, assim como a moda como indústria consegue recuperar aquele glamour da década passada. E a verdade é que as modelos são magras na mesma.
Sobre este assunto a reportagem Bones of Contention revela duas perspectivas surpreendentes de modelos, uma revela que ao ter sido recusada para desfilar na semana da moda espanhola teve que ganhar massa muscular e peso para voltar a trabalhar em Espanha e outra modelo espanhola declara que se recusa a ganhar peso e a cumprir o limite de 18 IMC não só porque receia não arranjar mais desfiles, mas também segundo as suas palavras:

-" They have to understand that is our job and the reason we're skinny is because we are hangers, you know, like our shoulders are hangers. It's very beautiful like one show with beautiful models with beautiful cloth, you know, but it's work it's not like actual life."

Se isto não revela que algo vai mal pelo mundo da moda então não sei o que será preciso.

Mas mais que afectar as modelos, a indústria da moda inevitavelmente influencia-nos a todos com esta filosofia. Os estilistas e marcas começaram a disponibilizar números cada vez mais pequenos nas lojas, bem como a forma de cada número é cada vez mais estreita. Não creio que a erradicação do "tamanho zero" seja a solução para este problema, mas a disponibilização de números maiores nas lojas pode ser. Não acho saudável que lojas sobretudo de marcas espanholas, viradas para um segmento jovem não tenham disponível o tamanho XL. Quem é que ao fim de uma sessão de compras não sentiu que podia estar mais magra uns quilos? Podemos afirmar que esta realidade não pode gerar disfunções alimentares e não influencia os comportamentos alimentares quando estamos inseridos numa sociedade que vive sob a égide da imagem?

As tendências actuais lançadas pela indústria da moda, influenciam-nos a todos com a ideia de que não há problema nenhum com a magreza extrema e que esta é desejável. E por alguma razão pouco lógica aceitamos valorizar uma imagem extremamente magra a uma imagem saudável, o que está a atingir dimensões inesperadas.

Porque considero a indústria da moda responsável, porque esta indústria merece voltar a ser cheia de glamour e a "tendência a seguir", porque a anorexia é uma doença destruidora das maneiras mais imprevistas e atrozes, porque devemos procurar sermos mais saudáveis e não só mais magros, este blog a partir de hoje vai divulgar e chamar a atenção para, e só, as boas iniciativas que visam eliminar dos media e da moda a magreza extrema. Acções e escolhas, mais simples ou de maior envergadura, que colocam a tónica noutros tipo de beleza e que retiram o monopólio do belo ao que é extremamente magro. Eu não sou um cabide que porta roupa, sou um corpo que veste roupa, para quem a imagem é importante, mas não é determinante. A verdadeira beleza não é um espectro no qual assentam umas roupas porque uma indústria acredita nisso, a beleza reside na especificidade de cada corpo e não no que lhe é imposto externamente.

Assim, este manifesto é pela saúde, pela moda enquanto "boa tendência", pela virtude da beleza e não pela sua desconstrução, contra a anorexia, por todos os que não se sentem na obrigação de estarem magros, mas sim saudáveis, por todos os que não se sentem confortáveis com a ideia de serem cabides andantes e pelo belo enquanto conceito não monopolizado pelo físico.

Pérolas de Saber (11)

" Le parole sono come spade, possono uccidere. "

Hegel

Vi esta frase assim e não a encontrei em português, mas numa tradução livre é "As palavras são como espadas, podem matar."
Porque o poder das palavras também se pode fazer sentir assim: doloroso... fatal.

Lech Kowalski

Descobri o Lech Kowalski no DocLisboa 2007, que dedicou a este realizador uma retrospectiva do seu trabalho, e nos dois filmes que vi, talvez por serem tão opostos um ao outro, pude constatar como ele é, de facto, um génio do documentário. Winners and Losers e Rock Soup são dois documentários que estão um para o outro como o vinho está para a água, quer na temática, quer no estilo. Ainda assim, une-os o facto de terem um realizador que sabe contar uma história, dar ao espectador o seu ponto de vista colocando na tela os elementos certos na ordem certa.
Tão surpreendente quanto a sua descoberta, é o facto de Lech Kowalksi ser a prova de como se pode ser um realizador de anúncios publicitários conseguindo ser à margem um documentalista irrepreensível, tudo isto aliado a uma enorme simpatia e humildade.

Rock Soup, EUA 1991 - 81'
No inicio da década de 1990 havia em Lower East Side, NY, uma cozinha de apoio aos sem-abrigo, criada por algumas destas pessoas, fundada sobre a ideia peregrina da sopa da pedra. Este "centro" de apoio a sem abrigo sobrevivia às custas das sobras dos restaurantes nova iorquinos e das ajudas de populares. Lech Kowalksi acompanhou durante alguns meses este centro, retratando o seu quotidiano, as histórias dos seus frequentadores, as lutas contra e a favor do centro. Este documentário intenso e perturbante é uma viagem ao sub-mundo dos sem abrigo que não deixa ninguém indiferente.

Winners and Losers, 80´ EUA/França 2007
Confesso que não foi o entusiasmo pelo tema que me levou à sala do cinema, foi mesmo a falta de bilhetes para outra sessão. Pensei que seria impossível em 80 minutos um realizador conseguir evitar que o espectador não passasse pelas brasas ao ver a final do último campeonato mundial de futebol da perspectiva dos fãs, a minha ideia foi que ver isto era capaz de ser tão interessante como tinta a secar. Confesso que subestimei a ideia e o realizador.

Lech Kowalski a poucos dias da final de futebol que juntou itália e frança, conseguiu em tempo recorde organizar equipas de filmagens em Roma e Paris que em casas particulares, cafés ou locais públicos filmavam as reacções e comentários de gauleses e italianos durante a partida. Para além de se manter fiel ao ritmo do jogo, Kowalski consegue tornar o que parecia entediante num documentário cheio de gargalhadas, através do retrato à emoção inerente a estes jogos e à cultura enquanto modeladora de reacções. Além do génio do realizador que é preponderante para o sucesso do filme, há que admitir que só uma final de futebol entre povos tão diferentes, como os italianos e franceses, podia fazer este filme resultar desta forma.

Últimas

As Últimas
Último cigarro	quando saí do trabalho
Última bebida alcólica	passado sábado
Última volta de carro	bah... não sei
Última lágrima derramada	sexta feira que passou
Último beijo	à bocadinho à mana velha
Último livro que leu	A pianista, Elfriede Jelinek
Último livro que emprestou	Caffè Amore, Nicky Pellegrino
Último filme que viu no cinema	Rock Soup, Lech Kowalsky
Último filme que alugou	A Rainha, Stephen Frears
Última coisa que bebeu	Guaraná Brasil ao Jantar
Última coisa que comeu	Banana com queijo
Última grande paixão	um casaco de pele de 400€
Último telefonema	à mamãe a avisar para ir jantando
Último calçado que vestiu	havaianas
Último banho que tomou	à mais de 12 horas
Último cd que ouviu	Camera Obscura, Let's Go Out Of This Country
Última coisa que comprou	módulos de autocarro (perdi o passe! PSsssssst!)
Último download	Justice - D.A.N.C.E
Último desapontamento	um amigo que partiu para longe
Último soninho da tarde	já não sei o que é uma sesta à tanto tempo :S
Último sorvete que comeu	no algarve à cerca de um mês
Última vez que sentou numa cadeira	agora mesmo!!
Última coisa que viu na tv	telejornais, para ver filmagens do meu local de trabalho
Última coisa que você deu de presente	Uma moldura com muitas fotos
Última música que ouviu	Everything, Michael Bublé
Última página que visitou	IMDB
Última palavra que escreveu	IMDB
Última letra que escreveu	B
Última frase que falou	"não posso! estou ao computador"
CREATE YOUR OWN! - or - GET PAID TO TAKE SURVEYS!

Vai deus saber porquê mas às vezes gosto de fazer estes questionários.

Visões

Eis os contributos enviados no âmbito do desafio lançado no post "Visions of Hope", para quem não se lembra os visitantes foram convidados a imitar a ideia da exposição referida e de olhos fechados enquanto pensavam no seu futuro e sonhos tirar uma fotografia. Um agradecimento muito especial aos bravos e audazes que enviaram as fotos e partilharam os sonhos, como prometido, junto a minha foto.

Filipa, " Fui egoista e quando posei para a foto pensei com toda a força em NY. Nas férias que passei lá e na vontade do tamanho do mundo que tenho de morar e trabalhar lá, nem q seja so 1 bocadinho.
Não tenho força para mudar o mundo mas tenho força pra por 1 sorriso na cara dos meus amigos e do meu pai. Foi neles que pensei no momento exacto que tirei a foto
Se não tivesse de olhos fechados verias o brilho que os meus olhos tinham... "

Mário, "Quero acordar amanhã e não ter de fazer a barba, não porque possa passar o dia sem a fazer, mas porque simplesmente ela está como estava quando a acabei de fazer a ultima vez, e ao acordar ter a certeza que esta última vez, foi mesmo a última vez que precisei de a fazer porque ela não toranará a crescer, e tal facto não terá uma única implicação a não ser o não ter mesmo mais que a fazer!"

Rita, " Paz em toda a sua amplitude. Paz em mim, na minha casa, na minha rua, no mundo em que ainda acredito. Associo paz a felicidade, e este é o meu sonho. Sonho o "sonho" sem nitidez, mas tudo tem uma força incansável que me conforta... "

Bruno, " Viver na praia. "

"Fazer do mundo a minha casa "

Carta...

Sinto-me triste, o que queres que eu faça? Talvez se fosses embora numa outra altura não estaria assim, mas estou naquelas fases em que a mais pequena distância se sente enorme e em que as grandes distâncias se fazem sentir profundas. Estou contente por ti, mas esta tristeza não me abandona ao saber que hoje já não estás cá e que não estarás quando eu quiser convidar-te para mais uma tarde parva, em que a qualquer momento rimos até às lágrimas.
Sinto como uma premonição que a distância vai vencer-nos e que eu te vou perder como perdi outros amigos na distância e no tempo. Sinto-me mal por não me mostrar entusiasmada com esta aventura como merecias, estou a ser egoísta, o que é queres que eu faça? Receio que só voltes ao fim de anos e que esse se torne o encontro de dois estranhos. Sabes que te admiro, com um pouco de inveja, a audácia, a coragem e o espírito livre, mas não me peças para ficar contente com a tua partida, pelo menos não desta vez...

Não demores muito a voltar...tenho saudades.

Murais Marginais

Não sei se este mural tem algum nome nem sei quem é o autor, mas falaram-me dele para colocar na rúbrica de murais famosos. Contra as tags, mas em homenagem à marginalidade de Almada e aos muitos "artistas" anónimos que a vão pintando ficam as "imagens" de uma cidade.

DocLisboa 2007

Por ser na minha agenda um dos acontecimentos de Lisboa dos mais aguardados de todo o ano e por ser grande e cada vez melhor, eu não merecia estar a falar do DocLisboa no seu último dia, mas sim desde o primeiro. O festival de cinema documental de lisboa que vai já na sua 5ª edição cada vez mais merece todas as atenções, mais uma vez ao consultar o programa tive pena de não ter mais tempo para ver todos os filmes que queria. O documentário é um género de filme que me fascina, pela não ficção, pelas inúmeras possibilidades de abordagem aos temas, pelas diversas realidades que podem ser alvo deste tipo de película. Gosto da imprevisibilidade e surpresa que cada documentário pode revelar na sua história. Gosto do que o Doc Lisboa faz, traz até ao público um género de filmes que não se vê nas salas de cinema habituais e que de outra forma não o podia conhecer.
Este ano o festival nomeou como vencedores os filmes:

-These Girls de Tahani Rached, Competição Internacional;

-Era Preciso Fazer as Coisas de Margarida Cardoso, Competição Nacional;

-Three Comrades de Masha Novikova, Competição Investigações;

Apesar disso, o grande vencedor desta edição é mesmo público, o festival entre 18 e 28 de out acolheu 32600 espectadores, mais 10 100 que no ano anterior. Esta edição teve como convidado de honra o realizador lech kowalsky, cujo génio se revelou uma surpresa tão boa a pontos de merecer um post neste meu pasquim.

Em contagem decrescente já para o próximo Doc Lisboa...

1408

Assustador! Não é terror e ultrapassa as fronteiras do suspense e do thriller, deixando espectadoras facilmente impressionáveis, como eu, a achar que não estavam preparadas para tanto susto. O filme 1408 narra a história de um escritor frustado que publica livros sobre lugares assombrados, não porque tenha curiosidade sobre o tema, mas porque é um céptico.

Reza a história que neste quarto nunca ninguém passou mais que uma noite, porque acabou sempre morto. A personagem de John Cusack decidi experimentar o que este quarto tem de tão paranormal e, sem saber, embarca numa experiência absolutamente terrível que o leva ao fundo das suas frustações, angústias e medos numa luta constante num quarto que não o deixa fazer o check out.

Se bem que o John Cusack a fazer de homem sarcástico e irónico não é bem o tipo de personagem que gosto de vê-lo a fazer, neste filme ele consegue passar bem para o espectador o desespero, a aflição e agonia de estar dentro do quarto e não conseguir sair. Conjuntamente com os efeitos especiais, é a sua representação que torna a primeira meia hora de filme quase insuportável, precisamente por ser bem sucedido a transmitir as sensações certas.

Nesta história só há a lamentar o papel altamente secundário do samuel l jackson e o fim do filme um bocado prevísivel, mas talvez incontornável.

Atchiiiiim...

Esta semana ausente deveu-se a uma grande constipação, cheia de espirros e voz anasalada. Sem esquecer o meu herói destes momentos: o Dr. Bayard.

Erasmus FOREVER

Achei a história da Rosa e do Asmund um óptimo exemplo para assinalar o 20º aniversário do programa ERASMUS. Quem participou neste programa quase de certeza conheceu, ou melhor ainda, vivenciou aventuras ou histórias de amor como esta, que com mais ou menos sucesso, mostraram até que ponto o Erasmus pode influenciar a vida de quem participou.
Eu não fui um destes casos que encontrei o homem da minha vida em Erasmus, mas esta foi uma experiência que representa sem dúvida um dos melhores períodos. Em que, além do desafio e enriquecimento académico que atravessei, foi, mais que tudo, algo que em termos pessoais não consigo medir em grandeza, riqueza ou intensidade, ultrapassa todas as escalas. Identifico-me com a "geração erasmus" e com todos os estudantes, dos 1.5 milhões que participaram no programa, que adoraram a experiência, por isso vou-me sentir sempre um pouco "Erasmus".
O tempo que estive em Pisa é absolutamente único e irrepetível, fica na memória quem conhecemos, os amigos que trouxemos no coração, a cidade que guardamos como nossa, a vida que se levava a ritmo tão suave e tão louco e o brilho no olhos de quando recordamos esse tempo. Quem faz Erasmus pode até nem apaixonar-se, mas esteja seguro que viverá um turbilhão de emoções semelhante, que o fará apaixonar-se eternamente pela experiência.

Party Highlights

Deve ter sido uma das maiores festas de aniversário a que fui: mais de 55 crianças, salgados para todos os gostos, mesa com mais de 3m cheia de doces, parabéns cantados com fôlego suficiente para fazer estremecer as paredes da garagem e ouvir-se ao fundo da rua, grávidas a cada esquina, 250 cervejas bebidas, brinquedos por todo o lado, quintal do vizinho invadido... enfim, o banquete e o evento disfarçado de festinha, o "inferno na terra".

Favoritos, desgraças e factos inexplicáveis:

- "Ritinha, depois de varreres os papelinhos e serpentinas do chão, podes ir lá a cima ao meu quarto que também está a precisar!

Já lá fui!" ( A ritinha tem 4 anos);

- O puto que não andava, rebolava;

- A francisca, de 4 anos , a andar melhor de saltos que eu;

- Vinho alvarinho e queijo roquefort em quantidades pouco recomendáveis;

-" Os Police são americanos" (Please!);

- A boneca de tamanho real da margarida que me provocava ataques de pânico, sempre que de relance parecia mesmo uma criança;

- Moloko a encerrar a noite;

- Calmeirões de metro e meio, cheios de moral;

-Os caracóis louros da margarida;

- O cheesecake e o bolo de 3 chocolates da Té;

-Os apuros de um bocadinho de álcool a mais;

-...

"Vivas ao Zé Diogo e à Margarida"

Sem Reserva

Numa altura em que as comédias românticas atravessam uma fase "tonta", em que a comédia parece mais presente que o romance, eis que chega um daqueles filmes que me relembram porque este género é a minha primeira escolha quando vou ao cinema.

Sem Reserva é uma comédia romântica cheia de intensidade, romance quanto baste e boas gargalhadas. A história é original e rica, sendo as performances da, invejavelmente bela, Catherine Zeta Jones e do, muito meu favorito, aaron eckhart bastante equilibradas e maduras, como dupla funcionaram muito bem tornando a química entre o "casal" credível. A Abigail Breslin continua a ser um doce no écran e a provar que o sucesso de "Little Miss Sunshine" não foi fortuito.

Um bom filme para quando "apetece mesmo" ir ao cinema.

Europa contra a Pena de Morte

Hoje pela primeira vez celebra-se o dia 10 de Outubro como o Dia Europeu contra a Pena de Morte, este dia simboliza como efectiva a União Europeia como um espaço livre de pena de morte, que acredita que esta medida só perpetua o ciclo de violência.
Na Europa, onde a abolição da pena capital é uma condição para a adesão à UE, não se regista desde 1997 nenhuma execução na área geográfica composta pelos 47 Estados-membros do Conselho da Europa (a última foi na Letónia, em 1996), sendo que o último país na UE a abolir a pena para todo o tipo de crimes foi a Grécia, em 2004.

Este dia que pretende ser símbolo do exemplo europeu e incentivo ao alargamento desta realidade a outros países reuniu já o apoio da Nova Zelândia. Porém, é necessário que esta seja uma medida que produza efeitos nos países que ainda aplicam esta pena, pois, apesar de até à data, 133 países em todo o mundo terem abolido a pena de morte na lei ou na prática; 64 Estados ou territórios ainda a mantêm, mas apenas 25 procederam a execuções durante o ano de 2006, que somaram um total de 1591 (2148 em 2005); sendo que 91% destas execuções foram levadas a cabo na China, Irão, Iraque, Paquistão e Estados Unidos da América.

Eu acredito numa justiça racional, respeitadora dos direitos humanos, que não tem como príncipio o "olho por olho, dente por dente". Um Estado que aplique a pena de morte está a ser imoral e disfuncional, não está a ser elemento regulador, mas totalizador. A pena de morte deve ser retirada dos ordenamentos jurídicos dos países que ainda a prevêem e a sua aplicação deve ser suspensa imediatamente.

Por se ter institucionalizado este dia e por a Europa, quanto a este assunto não ser apenas teoria, eu sinto-me cada vez mais europeia.

Vale a pena ver este site e pasmar com alguns dados fornecidos pela amnistia internacional.

Vintage Forever

Tudo o que é vintage está na moda e, a meu ver, bem. Adoro aquela aura muito classy da primeira metade do século XX, por isso gosto de tudo o que na etiqueta diga vintage ou evoque esse estilo. Porque é caro e extremamente dificil de encontrar, aqui fica para as fãs, como eu, o Lulu's Vintage Blog . Este blog, que se denomina como "the retro retreat for the fashion elite" não só é um óptimo guia de tudo quanto é vintage, bem como, através dele, se pode ficar a conhecer os sites, para além do ebay, onde se pode comprar roupa deste estilo.
Deixo aqui uma das minhas peças most wanted que encontrei no blog, que me deixam com a certeza que os artigos vintage são garantia de portarmos elegância e um pouco de história.

Pérolas de Saber (10)

" Se fracassar, ao menos que fracasse ousando grandes feitos, de modo que a sua postura não seja nunca a dessas almas frias e tímidas que não conhecem nem a vitória nem a derrota. "

Theodore Roosevelt

na beira do precípicio do fracasso sinto que devia ter tentado mais e maiores feitos e sinto-me sem forças para continuar a tentar.

Days Off

Os dias que pareceram férias nas caraíbas!

Visions of Hope

Conheci esta exposição através de uma reportagem da revista "Pública", um ano depois dos atentados do 11 de setembro a Benetton perguntou a crianças, homens e mulheres de todo o mundo qual era o seu sonho de esperança e fotografou-os enquanto, de olhos fechados, imaginavam o futuro. Este projecto, "Visions of Hope" concebido pela revista Colors em colaboração com a revista New Yorker, não só revelou ser uma ideia óptima como os resultados são absolutamente magníficos.

A cara que fazemos quando sonhamos, imaginamos, desejamos o nosso futuro é algo absolutamente secreto, pois só o fazemos na solidão ou se não só o outro que nos ouve é que consegue ver o nosso ar sonhador. Acaba por ser divertido ver o ar tranquilo, esperançoso de alguns destes rostos, como os desejos sobre o futuro podem ser simples, comuns ou ideais. Vê-se em cada uma destas fotos como o sonho é pura liberdade.

Na minha idade não tenho sonhos. Um jovem deve estudar para ga nhar a vida.

Jacinto Suarez, 71 anos, engraixador de sapatos, Colômbia.

Desde os quatro anos que queria ir à China, mas eu e Deus não chegámos a acordo sobre a minha localização na Terra.

Hubert Theodor Oremus, 84 anos, padre católico, Holanda.

Uma vida tranquila e que as pessoas sejam boas e não deitem lixo na rua.

Zeus Saceda Arnáiz, 12 anos, estudante e vendedor de flores, Espanha.

Estar em paz comigo e ter tudo o que quero e que preciso. Basicamente dinheiro.

Jenny Rae De Jong, idade: "Não têm nada a ver com isso", enfermeira psiquiátrica, África do Sul

Criar Touros.

Juanjo "Pulga" Fernández Pérez, 34 anos, pastor, Espanha.








Então, o desafio que proponho é o seguinte que me enviem, para o mail, uma fotografia vossa que, de olhos fechados, apanhe o momento em que pensam nos vossos sonhos, esperanças ou desejos. Bem como, acrescentem no que é que pensavam. A par de todas as fotografias enviadas prometo publicar a minha foto também. Quais são os vossos sonhos?

If Looks Could Kill

Eis a minha mais recente fonte de energia, boa disposição e que, por vezes, me põe a dançar num ápice como não houvesse amanhã. Os Camera obscura estão-se a tornar no novo vício.

A Vergonha

Hoje, quando saí do edíficio onde trabalho, primeiro amaldiçoei o facto de já ser tarde, de seguida o trânsito que já estava parado e, por fim, para completar decidi fazer o caminho até à paragem a analisar o meu recibo de vencimento. De olhos pregados à folha, a tentar não tropeçar ou ser atropelada, fazia contas de cabeça e olhava incrédula para a exurbitância que descontei para a Segurança Social. E enquanto fazia isto, completamente alheada do mundo e em "piloto automático" até à paragem, interrompe-me uma voz que diz "Desculpe minha senhora".

Talvez porque vinha distraída virei-me para trás, sorri e disse "boa Tarde", só quando a pessoa me diz "muito obrigada por ter parado e me ter dito boa tarde" eu dei-me conta que tinha sorrido e cumprimentado um estranho. À minha frente estava um homem de meia idade, magro, com um ar distinto que não condizia com a roupa que trazia, suja de tanto ser usada. À medida que ia falando comecei-me a aperceber que talvez fosse pedir dinheiro, mas falava num tom que se fazia sentir sincero, ora olhos em mim de súplica, ora olhos no chão de humilhação, repetindo "é vergonhoso, que vergonha tão grande ter que lhe dizer isto,..."
Percebia o senhor, da forma mais educada e correcta, a esforçar-se e, simultaneamente, a sentir-se bloqueado pela humilhação pessoal de, por fim, dizer "queria-lhe pedir uma esmola".
Senti-me sem chão, impelida a agir contra tudo o que penso sobre estas situações, a não a ser capaz de alinhar com o meu cepticismo e incredulidade, a abandonar a minha racionalidade e a ser-me completamente impossível de ficar indiferente ao homem destruído que estava à minha frente. Avisei-o que as moedas que tinha eram pequenas, que não iam servir de muita ajuda e ele agradece com uma emoção tal que me deixa sem reacção, ao ponto de me despedir dele a dizer "adeus e obrigada".

Não sei porque é que agradeci, mas isto fez-me pensar deixou-me num lugar entre o triste e o mal, porque no dia em que eu recebo o meu ordenado, rogo pragas ao meu trabalho e falo mal do meu salário sou interpelada por uma pessoa que não tem nada. Talvez seja um sinal ou as coincidências existam, talvez o senhor seja um bom actor ou a necessidade dele uma mentira, mas eu percebi a humilhação que pode ser pedir uma esmola e o quanto estava a ser ingrata com a minha vida, naquele momento que precedeu o nosso encontro. Eu dei-lhe uma pequena esmola, mas ele deu-me esta grande certeza: a ingratidão tem tanto de vergonha como tem pedir esmola.

Hairspray

Este musical é uma autêntica overdose de laca que durante duas horas me fez estalar os dedos, bater o pé ao som dos anos 60 e sair da sala de cinema com enormes ganas de dançar.

É muito fácil de entrar no ritmo do filme, acreditar na história e ficar concentrada em cada cena. Este sucesso, para mim, justifica-se através de duas palavras: Nicole Blonsky.

Este é o nome da actriz que faz o papel de Tracy Turnblad, a baixinha com peso a mais que pôs toda cidade de Baltimore a dançar. É que tanto a actriz como a personagem, que esta representa, partilham o mesmo sonho: serem famosas! Até à uns tempos Nicole era uma finalista de liceu, que trabalhava em part-time numa loja de gelados, neste momento é a mais recente estrela de hollywood. Se foi para dar mais realismo ao papel que se decidiu fazer um casting deste género e trazer um estranho até às luzes da ribalta, não sei, o que é certo é que funcionou. A Nicole Blonsky tem mesmo o brilho dos olhos de que está a realizar um grande sonho.
As más-línguas dizem que este casting deveu-se ao facto de em hollywood não haverem actrizes com físico ou dispostas a aumentarem uns quilos para protagonizarem o papel. Verdade ou não, uma actriz "size 0" perdeu algumas dezenas de milhares de dólares e Hollywood ganhou uma nova actriz com quilos de talento.

Outra das mais valias de Hairspray é de facto o elenco. A Michelle Pfeiffer é uma excelente vilã, o Christopher Walken prova em mais um papel ser um dos melhores actores de sempre, a Queen Lattifah uma presença incontornável, mas é o John Travolta que é absolutamente irreconhecível e fenomenal. A sua Edna tem uma linguagem corporal, uns movimentos... absolutamente espectaculares e saber que é um homem que dança assim ainda torna as cenas mais divertidas.

Hairspray é um musical até para quem acha os musicais "pindéricos".

Murais Famosos- The Great wall of Los Angeles

Gosto de murais pelo lugar de opinião que são, porque são públicos, interventivos e artísticos. Gosto da marginalidade inerente, da mensagem codificada e da contra-regra. Por isso, a partir de hoje vão aparecer neste "muralzinho" da blogosfera alguns dos murais que tornaram esta uma forma de arte.

O Great Wall of Los Angeles é um dos maiores murais do mundo, representando ao longo de 840 metros a História da Califórnia. O mural foi desenhado por Judith Baca e executado por 700 pessoas entre artistas e jovens coordenados pela SPARC, um centro de artes, ao longo de 10 anos. O mais interessante é que esta é uma obra ainda em aberto porque a SPARC prevê actualizações para este mural.

Licença para Casar

O que eu gostei mais neste filme foram as descobertas que fiz: os bebés aberração, o bom ar de "boy next door" do John Krasinski e o menino de coro-revelação Josh Flitter.

Gostei também do vídeozinho da camioneta que atravessa o anel de fogo, mas não encontrei isso em lado nenhum. O filme é leve e divertido, aqui fica o trailer.

Fim do Dia

Acabar um dia a ouvir Mafalda Veiga ao vivo é sempre uma forma de fechar a jornada com chave de ouro. A voz dela tem um timbre neutro, as letras são reconfortantes, os sons quentes e é impossível acabar a noite sem aquela sensação, de que apesar da trovoada que se fazia sentir e do cansaço latente, valeu a pena escolher um fim de dia assim.

Quarta de Jazz

Não sei quando começaram nem quando vão acabar, certo é que pelo menos este mês as quartas feiras passam também a ser no Lux com as lux jazz sessions. São noites em que os novos nomes e sons do jazz vão passar por Lisboa sob a forma de concertos a não perder, quem garante isso é a própria organização através de uma programação que reflecte "um conjunto de nomes centrais nesse processo de eliminação de fronteiras que a grande música negra vem experimentando, sejam eles cantores, instrumentistas ou DJs, nacionais ou estrangeiros, tradicionais ou vanguardistas, pretos ou brancos, novos ou velhos... bonitos ou feios. O que interessa é que os seus corações batam ao ritmo do jazz, qualquer que ele seja. "

Noites no Lux nunca são noites perdidas e a tomar como exemplo a quarta feira passada com erik truffaz quartet, sobretudo a parte de oliver korthals, é mesmo uma noite com uma sonoridade diferente que se passa.

Próximos: 19 de Setembro - Cool Hipnoise e Mr. Cheeks / Kronic no Dancefloorjazz.